Câncer é o conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado (ou maligno) de células que invadem tecidos e órgãos e podem se espalhar pelo corpo, nas temidas metástases. Existem mais de 100 tipos de câncer, desde os mais comuns, como o câncer de mama, até os mais raros, como o de estômago.
A grande maioria está associada a fatores ambientais e comportamentos de risco, como a exposição ao sol (que pode causar câncer de pele) ou o cigarro (que pode causar câncer de pulmão).
Para entender o que são as metástases, é preciso compreender primeiro como o câncer surge. A chave para isso está na constituição das células. Elas são formadas por três partes: a membrana celular, parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contém os cromossomos, compostos de genes.
Estes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo.
Toda a informação genética está inscrita neles, numa espécie de memória química, que é o DNA. É através do DNA que os cromossomos transmitem as informações para o funcionamento da célula. Quando há alterações no DNA, ou uma mutação genética, surge o câncer. Isso porque as células passam a receber instruções erradas para suas atividades. Daí surgem os tumores. E, se as células cancerosas dos tumores viajam pela corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos para outras áreas do corpo, ocorrem as metástases.
Entenda o que são as metástases e como se formam
Embora muitas células cancerosas possam se desprender do tumor primário, elas costumam morrer antes mesmo de causar problemas. No entanto, algumas chegam a uma nova região do corpo, na qual crescem e formam novos tumores, que têm a mesma composição que o original. São as metástases.
Às vezes, os tumores metastáticos são encontrados durante os exames realizados para o diagnóstico do câncer primário. Noutras, aparecem após o término do tratamento. Nestes casos, é importante diferenciar o que são as metástases da recidiva tumoral.
Para ser metástase, o tumor deve ter as mesmas células do primeiro órgão afetado. Se este for o caso, é denominado de recidiva à distância e pode ter sido causado por células cancerosas que se desprenderam o tumor primário e sobreviveram ao tratamento inicial do câncer.
Em geral, as metástases surgem em tecidos mais próximos ao local original do câncer. Com o desenvolvimento da doença, porém, as células cancerosas podem passar pelas paredes nódulos linfáticos e dos vasos sanguíneos, e acabam transportadas pelo sistema circulatório e linfático.
Os locais mais afetados costumam ser os pulmões, o fígado e os ossos, mas podem variar de acordo com o câncer original. Veja alguns:
- Câncer de tireóide – as metástases costumam ocorrer nos ossos, fígado e pulmão.
- Melanoma – ossos, cérebro, fígado, pulmão, pele e músculos.
- Mama – ossos, cérebro, fígado e pulmões
- Pulmão – glândulas adrenais, ossos, cérebro, fígado.
Qual a diferença entre invasão tumoral e metástase
Outro mecanismo crescimento secundário do câncer é a invasão tumoral. Nela, as células cancerosas penetram os tecidos vizinhos mantendo uma continuidade anatômica com o tumor de origem — ao contrário da metástase, que é o crescimento do tumor à distância.
Quando o câncer se espalha para outros órgãos por metástase, a cura se torna mais difícil. O tratamento permanece semelhante ao do câncer original, com quimioterapia ou radioterapia.
Se o câncer estiver muito desenvolvido e não for mais possível eliminar todas as metástases, em geral o tratamento consiste em aliviar os sintomas e atrasar ao máximo o desenvolvimento da doença.
Atualmente, já existem exames como o de análise epigenética com os quais é possível observar como as células malignas crescem, se multiplicam, desenvolvem novos vasos sanguíneos e proliferam em outras regiões, ou seja, como causam metástases.
Essas informações podem ser interessantes para elaborar desde o início um tratamento que previne o surgimento delas. Para saber mais sobre o exame, clique aqui.
R.G.C.C. - Research Genetic Cancer Center