A imunoterapia é o tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico com o uso de substâncias que modificam a resposta biológica natural do organismo. Ela é classificada em dois grupos, de acordo com as substâncias utilizadas e seus mecanismos de ação:
- Ativa, na qual substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica e vacinas de células tumorais são administradas para intensificar a resistência do corpo ao crescimento do tumor;
- E passiva, na qual anticorpos anti tumorais ou células mononucleares são administradas para aumentar a capacidade imunológica de combate à doença.
Entre os exemplos de aplicação, a imunoterapia pode ser utilizada para combater o câncer de pulmão. A incidência do tumor cresce 2% ao ano no mundo e, entre os benefícios da técnica, estão o aumento da sobrevida e a redução dos efeitos colaterais do tratamento.
Como a imunoterapia pode ser usada contra o câncer de pulmão
Tumores com alto acúmulo de mutações genômicas tendem a responder melhor à imunoterapia, como é o caso do câncer de pulmão. Ele é dividido em dois tipos:
- Nos pacientes fumantes, por causa dos danos causados pelo cigarro. Estes têm um grande acúmulo de mutação e são mais predispostos a resposta à imunoterapia;
- E nos pacientes não fumantes, que em geral têm menos mutações.
Em uma linguagem mais técnica, costuma-se dizer que a imunoterapia pode ser utilizada para tratar formas de câncer de pulmão de não pequenas células. As mais promissoras são as que usam os seguintes medicamentos:
- Nivolumab e Pembrolizumab. Têm como alvo o PD-1, uma proteína do sistema imunológico chamada célula T, que atacam outras células do corpo. Ao bloquear PD-1, os medicamentos bloqueiam a ação e aumentam a resposta imunológica contra as células cancerosas. Isso ajuda a reduzir o tamanho de alguns tumores ou a retardar seu crescimento.
- Atezolizumab. Tem como alvo outra proteína, a PD-L1, relacionada ao PD-1, que é encontrada em algumas células tumorais e imunológicas. Ao bloquear a ação desta proteína, o remédio também ajuda o corpo a aumentar a resposta imunológica contra células cancerosas.
Estes medicamentos de imunoterapia são recomendados para pacientes com câncer de pulmão cujo tumor começou a crescer novamente após tratamento com quimioterapia ou outros fármacos.
Em alguns casos, o pembrolizumab pode ser utilizado no lugar da quimio ou de outras terapias convencionais.
Quais os efeitos colaterais da imunoterapia para câncer de pulmão
Todo medicamento tem efeitos colaterais, e com os da imunoterapia para câncer de pulmão seria diferente. Os principais incluem fadiga, tosse, náusea, prurido, erupção cutânea, perda de apetite, prisão de ventre, dores nas articulações e diarreia. Entretanto, eles costumam ser menores e menos tóxicos do que os efeitos colaterais das terapias convencionais.
Vale lembrar que o tratamento com imunoterapia para câncer de pulmão já está disponível no Brasil, embora ainda seja considerado de alto custo.
O paciente pode descobrir se tem um perfil genético que pode se beneficiar do tratamento com imunoterapia através de exames que avaliam e orientam em relação a terapias alvo e imunoterapia.
Se você deseja saber, acesse aqui a página completa do exame. Se tiver interesse de realizá-lo, não deixe de informar seu médico oncologista sobre ele.
FONTE:
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=104
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/imunoterapia-para-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1581/198/