Medicina personalizada: o futuro da oncologia

DNA Humano

Afirmar que cada indivíduo é único não é somente um clichê de autoajuda. A observação tem de fato evidências biológicas e científicas. Não à toa, um remédio que pode funcionar muito bem para uma pessoa não é tão eficaz em outra. Cada organismo reage de uma forma.

E é exatamente essa a premissa da medicina personalizada, também conhecida como medicina de precisão. Uma das maiores promessas para melhorar a atenção à saúde, a medicina personalizada defende que a mesma doença de uma pessoa X nem sempre é idêntica à de uma pessoa Y e que, por isso, o tratamento ideal para cada uma, provavelmente, deve ser diferente.

A medicina personalizada já é aplicada em muitos casos atualmente. Um exemplo é o da fibrose cística, uma regulação anormal de  água e sal no metabolismo. Para tratar a doença, a primeira droga desenvolvida era eficiente nos pacientes que possuíam uma mutação em um gene bastante específico. O problema é que menos de 10% dos pacientes possuíam essa característica e, portanto, respondiam ao medicamento.

Vale lembrar, é claro, que existem diversas variáveis que podem interferir nos tratamentos e que a medicina personalizada não significa a criação de um medicamento específico para cada paciente, e sim a identificação do tratamento ideal para o paciente em questão. Na oncologia, isso representa um enorme potencial para maior eficácia na batalha contra o câncer.

 

Como a medicina personalizada se aplica à oncologia

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer nos EUA (National Cancer Institute), a medicina personalizada consiste em “informações sobre os genes, proteínas e ambiente no qual o paciente está inserido usadas para prevenir, diagnosticar e tratar a doença.” Graças ao avanço na tecnologia, hoje é possível mapear a genética de uma pessoa, o que funciona como uma caixinha de ferramentas para guiar os tratamentos aos quais ela é submetida.

Uma das formas de obter essa caixinha de ferramentas é através da análise epigenética. Com ela, estuda-se como as células malignas crescem, se multiplicam, desenvolvem novos vasos sanguíneos, proliferam em outras regiões (metástases) e o que as alimenta e as inibe.

Em exames que realizam essa avaliação, é possível identificar mais de 70 genes relacionados a tumores, marcadores de fator de resistência, sensibilidade a proteínas de choque térmico para radioterapias e hipertermia e a quimiossensibilidade das células quando expostas à forma ativa de cada medicamento.

Com isso em mãos, é possível criar terapias alvo, ou seja, uma terapia projetada para atingir moléculas bem específicas do corpo, que vão desde anticorpos a pequenas moléculas que promovem ou inibem certas atividades celulares.

 

A importância da biópsia líquida para a medicina personalizada

 

A biópsia líquida para câncer é outro grande exemplo de como a medicina personalizada pode revolucionar o tratamento de câncer. Alternativa menos invasiva às tradicionais biópsias feitas com tecido geralmente utilizadas para avaliar o tumor de um paciente. Ao observar cada célula individualmente, ganha-se insight nos detalhes de sua origem. E, com amostras de sangue retiradas em intervalos de tempo pré-determinados, a biópsia líquida permite o melhor monitoramento da doença e auxilia no tratamento.

A técnica, já disponível para a detecção de alguns tipos de câncer, identifica se existem partes de DNA de tumores na corrente sanguínea do paciente. Ao contrário da biópsia incisional comumente utilizada, que exige intervenção cirúrgica, a líquida é feita através de exame de sangue simples, indolor e rápida.

A expectativa dos pesquisadores é que um dia ela se torne parte de exames de rotina e check ups, identificando o câncer em seus estágios iniciais e aumentando as chances de cura.

 

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FONTE:
https://pged.org/personalized-medicine/
http://www..unicamp.br/tb-of-life/pt_BR/2016/11/02/medicina-personalizada-diferentes-pacientes-diferentes-tratamentos/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/medicina-personalizada/7207/840/

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