Terapia-alvo: o que é e como ela pode deter o câncer

Análise de Terapia Alvo para Tratamento do Câncer

Imagine ter uma espécie de “mapa” para compreender a melhor forma de atacar um tumor. É mais ou menos assim que funciona a terapia-alvo. Com o melhor entendimento da ação dos genes, proteínas e de outras moléculas presentes nas células tumorais, tornou-se possível criar medicamentos compostos por substâncias que destróem partes bastante específicas do câncer e impedem seu crescimento.

Considerada uma medida terapêutica que revoluciona o tratamento de câncer, ao direcionar a ação de medicamentos quase exclusivamente às células tumorais, a terapia-alvo reduz os efeitos colaterais sobre as células saudáveis.

 

Conheça as principais substâncias utilizadas na terapia-alvo

 

A primeira terapia direcionada a um alvo celular específico foi a anti-hormonal, que atua sobre o receptor do estrógeno da célula nos tumores de mama. A partir daí, novas substâncias passaram a ser aplicadas em terapias alvo, entre elas:

  • Anticorpos monoclonais (trastuzumabe, trastuzumabe entansina, pertuzumabe, cetuximabe, panitumumabe, rituximabe, denosumabe e outros);
  • Inibidores de angiogênese (bevacizumabe);
  • Inibidores de tirosinoquinase (erlotinibe, gefitinibe, afatinibe, imatinibe, dasatinibe, sunitinibe, sorafenibe, vemurafenibe, dabrafenibe, cabozantinibe, temsiroliums, everolimus, crizotinibe, ceritinibe, vandetanibe, pazopanibe e outros);
  • E inibidores da via do hedgehog (vismodegibe).

 

Embora alguns desses medicamentos não excluem a necessidade de quimioterapias tradicionais, eles aumentam as chances de sucesso do tratamento e reduzem o risco de metástase por atingirem alvos específicos.

 

Para quem a terapia-alvo é indicada e que cuidados tomar

 

A terapia-alvo depende da identificação de um bom alvo molecular, com exceção dos cânceres que têm via conhecidamente alterada — nestes casos, o tratamento é indicado mesmo sem teste molecular específico. Estes alvos podem ser genes mutados ou proteínas expressas exclusivamente no tumor ou alteradas devido a mutações.

Além disso, as condições do tumor, como o local, tipo histológico e estancamento, e as condições clínicas do paciente também são relevantes para a indicação ou não da terapia alvo.

Nos exames realizados para identificar a indicação da terapia alvo, analisa-se como as células malignas crescem, se multiplicam, se desenvolvem novos vasos sanguíneos, se proliferam em outras regiões (metástases), o que as alimenta e o que as inibe. Em micro-culturas, é possível ainda confirmar a viabilidade do uso de medicamentos no tratamento, expondo as células às substâncias específicas.

Mesmo que os remédios utilizados na terapia alvo sejam desenhados para atingir as células tumorais, eles não dispensam cuidados concomitantes. Por serem administrados por via oral, não é recomendada a utilização de outros medicamentos como antiácidos, antihipertensivos, antidiabéticos, antivirais, antibióticos e anticonvulsivantes, que podem interferir na absorção.

Os efeitos colaterais das terapias-alvo são mais brandos do que os observados na quimioterapia ou radioterapia, mas é fundamental conhecer o medicamento prescrito e ter atenção às possíveis interações.

 

Caso queira saber mais sobre os exames que avaliam o perfil genético do paciente para orientações sobre terapias alvo e imunoterapias, entre em contato conosco.

 

 


 


FONTE:

https://www.einstein.br/especialidades/oncologia/exames-tratamentos/terapia-alvo
https://www.hcancerbarretos.com.br/cancer-de-rim/32-paciente/opcoes-de-tratamento/1685-terapia-alvo

 

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