Oncologia pediátrica: a importância do diagnóstico preciso

mãe segurando a mão de paciente oncologico pediiátrico

Até o início dos anos 1970, a oncologia pediátrica era negligenciada: pouco se sabia sobre a doença e sua evolução na infância e as crianças recebiam o mesmo tratamento que os adultos. Sem levar em conta as características biológicas e orgânicas diferentes neste período da vida, o diagnóstico de câncer nas crianças era encarado como uma sentença de morte há cinquenta anos.

Hoje, graças aos avanços no diagnóstico e no tratamento, a maioria dos casos de câncer infantil é curável. Segundo a Sociedade Americana do Câncer, oito a cada de crianças que recebem tratamento têm uma sobrevida de ao menos cinco anos, e a maioria é completamente curada.

Os tipos mais comuns de câncer nas crianças são:

  • Leucemia, doença neoplásica que tem origem na medula óssea. Segundo o GRAAC, correspondem a 33% dos casos de oncologia pediátrica;

  • Linfomas, tumores dos gânglios linfáticos, que atingem cerca de 12% das crianças com câncer;

  • E os tumores do sistema nervoso, cada vez mais detectados graças às novas técnicas de diagnóstico disponíveis atualmente (ultrassom, RX, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear, etc.). A estimativa do GRAAC é que correspondam a 20% dos casos de oncologia pediátrica.

Em geral, a doença aparece em crianças entre os dois e os sete anos, mas isso não significa que adolescentes não possam ter câncer, por isso é essencial ficar sempre atento.

 

A importância do diagnóstico na oncologia pediátrica

 

Segundo Alois Bianchi, um dos pioneiros da oncologia pediátrica no Brasil, que criou e dirige o Departamento de Pediatria Oncológica do Hospital do Câncer de São Paulo, o câncer infantil é altamente curável, desde que o diagnóstico seja precoce e a criança seja rapidamente encaminhada aos centros especializados no tratamento. Por isso, é importante que os pais e médicos fiquem atentos a sintomas que podem indicar a presença de câncer, são eles:

  • Febre e mal estar;
  • Palidez;
  • Cansaço excessivo;
  • Inapetência;
  • Manchas roxas ou dores nos ossos sem trauma aparente;
  • Dor de cabeça;
  • E estrabismo repentino.

O problema é que a maioria deste sintomas podem ser confundidos com moléstias comuns na infância. O sinal de alerta para a oncologia infantil vem da persistência deles, especialmente as febres, falta de apetite, palidez, hematomas e dores nos ossos.

Atualmente, a existência de diagnósticos laboratoriais mais precisos e direcionados é fundamental para detectar a presença de tumores precocemente, aumentando as chances de sucesso no tratamento,

 

Como funciona o tratamento na oncologia pediátrica

 

As crianças não são adultos em miniatura, com características próprias que devem ser levadas em conta também para o tratamento de câncer. Nas crianças, os tumores são muito mais agressivos e evoluem muito mais rapidamente, justamente por atingirem um ser ainda em formação. Assim, o tratamento em casos de oncologia pediátrica deve levar tudo isso em consideração para obter eficácia e minimizar as consequências para o futuro da criança.

Entre os maiores avanços na oncologia pediátrica, na visão do Dr. Bianchi, além do do diagnóstico que permite iniciar o tratamento rapidamente, estão as melhorias na antibioticoterapia e do tratamento de doenças virais, que reduzem o risco de morte por doenças associadas à diminuição da imunidade causada pelo câncer, e o surgimento de novos quimioterápicos.

 

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FONTE:
https://www.cancer.org/treatment/children-and-cancer/when-your-child-has-cancer/late-effects-of-cancer-treatment.html
https://drauziovarella.com.br/crianca-2/cancer-nas-criancas/
https://www.graacc.org.br/o-cancer-infantil/tipos-e-principais-tratamentos.aspx

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