Resultado do exame de mamografia: como interpretar sinais de câncer no laudo

Resultado do exame de mamografia

Quando as células do tecido mamário de proliferam de forma rápida e desordenada, pode ocorrer o câncer de mama. Segundo informações da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, este é o tipo mais comum e que mais mata mulheres em todo o mundo.

A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2016 era de que ocorressem quase 60 mil novos casos de câncer de mama entre as brasileiras. Entretanto, de acordo com o Inca, o diagnóstico no primeiro estágio da doença tem quase 90% de sobrevida.

Para isso, as mulheres devem realizar e ficarem atentas aos resultados do exame de mamografia, fundamentais para indicar anormalidades.

O laudo do exame é feito após a leitura dele e da correlação com dados clínicos e outros dados fornecidos. Nele, estão de forma clara e sucinta:

  • O resumo clínico;
  • A descrição da composição mamária;
  • Os achados associados;
  • A impressão diagnóstica; e
  • A categorização BI-RADS®, único item facultativo da lista, porém o mais explicativo para leigos, como você verá a seguir.

Nos casos em que há necessidade de mais esclarecimentos, deve-se sugerir a conduta a ser tomada.

 

Como interpretar o resultado do exame de mamografia

 

O resultado do exame de mamografia é feito por escrito e assinado pelo médico responsável. Ele não só é um importante documento de comunicação formal entre o médico que o realizou e o que o solicitou, como também para o paciente.

Em geral, o resultado de um exame de mamografia é dividido em duas partes:

 

  • A descrição, na qual é descrito tudo aquilo que foi encontrado, por exemplo: nódulo sólido, cisto, calcificação, distorção de arquitetura, linfonodo prótese, implante, etc.;

 

  • E a conclusão, na qual o médico que realizou o exame classifica tudo aquilo que encontrou.

 

É a parte final que mais interessa para os leigos. A classificação é padronizada em todo o mundo e é conhecida como BI-RADS®. Essa padronização permite a comparação de resultados em países diferentes, o que auxilia na disseminação de conhecimento sobre a doença. Ela possui as seguintes categorias:

 

  • Zero: indica que foi encontrado algo, mas que não necessariamente é grave. Em geral, o médico relator recomenda a realização de algum exame adicional para esclarecer o resultado do exame de mamografia;

 

  • I: quando o médico relator atribui BI-RADS®I ao resultado do exame de mamografia significa que ele não encontrou nada;

 

  • II: indica que o médico encontrou algo, mas tem certeza que é benigno, ou seja, não é câncer. Na prática, tem o mesmo valor que o BI-RADS®I, pois não traz nenhuma ameaça à paciente e requer apenas as recomendações habituais para saúde mamária (mamografias anuais, por exemplo);

 

  • III: se o médico atribui BI-RADS®III ao resultado do exame de mamografia, isso significa que ele encontrou algo e que quase com certeza é benigno. Em geral, é recomendado apenas um acompanhamento com outra mamografia em seis meses. Para pacientes que se enquadram nessa categoria, habitualmente é recomendado apenas um acompanhamento com o mesmo exame em seis meses. O risco de um achado classificado como BI-RADS®III ser câncer é mínimo, menor do que 2% (ou seja, mais de 98 pacientes entre 100 que recebem essa classificação não têm câncer de mama);

 

  • IV: significa que é necessária uma amostra física, conhecida como biópsia, para ser estudada ao microscópio e obter um diagnóstico preciso. Nessa categoria, o risco de que a paciente tenha câncer vai de pouco mais de 2% até 95%. Todos os achados nessa categoria requerem biópsia, mas ela foi subdividida em três grupos de risco diferentes. No grupo 4a, é quase certo que o resultado será benigno (risco em torno de 10%), mas não é seguro esperar seis meses para saber o resultado. No grupo 4b, o risco é um pouco maior, mas em geral é menor e fica em torno de 50%. No grupo 4c, o risco é de mais de 50%, mas menos de 95%;

 

  • V: é a categoria de resultado de exame de mamografia que indica a existência de algo muito suspeito, com mais de 95% de risco de ser câncer. Nestes casos, a biópsia também é indispensável;

 

  • VI: muito específica, é talvez a categoria mais difícil de ser compreendida. Ela ocorre quando uma paciente que já sabe ser ser portadora de um câncer faz outro exame de imagem (mamografia, ultrassom ou ressonância) e nesse exame aparece o câncer já conhecido e mais nada. Ela foi criada para que o mesmo câncer não seja contabilizado duas vezes em estatísticas nos casos em que a paciente faz exames pré-operatórios adicionais.

 

Para os casos em que é necessário realizar biópsia, além da tradicional biópsia incisional é possível realizar a biópsia líquida para câncer.

O procedimento é simples, indolor e rápido, e pode ser uma opção interessante para pacientes em um momento já bastante delicado. Para conhecer mais sobre o perfil de biópsia líquida da Oncomarkers, clique aqui.

 

 


 

 

FONTE
http://www.sbmastologia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=901:como-interpretar-o-resultado-do-seu-laudo&catid=115:rastreamento-e-diagnostico&Itemid=707

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